quinta-feira, 30 de junho de 2011

PESCA DA TAINHA...

PESCA DA TAINHA: MITOS E VERDADES

* Christian Linck da Luz

Todos os anos ocorrem incidentes entre surfistas e pescadores em algumas praias do litoral de Santa Catarina. Não é raro escutarmos histórias de pescadores que “correram a facão” ou com pedaços de pau ou mesmo, danificaram veículos de surfistas que estavam praticando seu esporte em áreas ditas “proibidas para prática do surf”.

Então, nos perguntamos: qual a significativa influência que os surfistas trazem para a diminuição da pesca da tainha, ou qualquer outro peixe litorâneo neste Estado? A resposta é que pouco se sabe sobre as reais influências dos surfistas na pesca da tainha. Para isso, seria necessário um estudo para verificar a influência dos surfistas na quantidade de pescado obtida onde o esporte é praticado. A questão é que a polêmica já exista talvez, ha mais de 20 anos e nada se fez para mudá-la. As universidades, por exemplo, principalmente as públicas, com seus programas de pós-graduação (strictu-sensu), poderiam fomentar pesquisas que em poucos anos seriam terminadas e conclusivas, mostrando que a diminuição de pescado se deve a muitos outros fatores, e não a alguns poucos surfistas que ficam a algumas dezenas de metros da praia.

No nordeste, por exemplo, havia no passado e atualmente, ainda existe em alguns estados, a pesca da lagosta e a coleta de caranguejo de forma desenfreada. O resultado foi óbvio. Com a falta de manejo e controle, as populações destes animais foram diminuindo gradativamente. Assim, muitos pescadores foram perdendo seus empregos e a situação social acabou ficando pior.

Um dos problemas da pesca da tainha, como qualquer outro pescado, é algo semelhante à situação anterior. Lembro quando era criança, há mais de 20 anos atrás, passeava na orla da praia de Garopaba e via que as redes de arrastão vinham estupefatas de peixes, crustáceos e equinodermos de várias espécies. Mesmo assim, naquela época, alguns pescadores já reclamavam que não era o mesmo quando eles eram jovens. Hoje, a situação é bem pior, a quantidade de pescado obtida com estas redes são bem menores do que no passado, e a razão é bem simples. Estes tipos de redes são de malha fina, ou seja, capturam peixes de todos os tamanhos, impossibilitando seu desenvolvimento e reprodução. Revolvem o fundo o oceano, destruindo e retirando boa parte da fauna que ali se encontra em equilíbrio.

No Brasil, de um modo geral, a pesca em alto mar é pouco desenvolvida e fomentada. A maioria dos pescadores vive da pesca artesanal, ou seja, pondo redes próximas do litoral. Somente agora, no atual governo, que o presidente pretende fazer um plano de desenvolvimento para desenvolver a pesca profissional em alto mar. Enquanto isso, os japoneses, por exemplo, retiram toneladas e toneladas de pescado do nosso litoral, com redes quilométricas.

Enquanto, o governo Federal não fizer um programa para pesca profissional em alto mar, fomentando e subsidiando empréstimos para compra de equipamentos como barcos com câmeras frias que possibilite a permanência em alto mar por vários dias, os órgãos de fiscalização Estadual e Municipal não atuarem de forma incisiva na pesca predatória e descontrolada com estas redes de arrastão com malha fina e as universidades não fizerem pesquisas de base, informando os pescadores e os governos, da necessidade de um planejamento para a pesca, continuará este folclore ridículo e insensato, de que os surfistas prejudicam na quantidade de pescado obtida no litoral de Santa Catarina.

* Biólogo, Professor da ULBRA/TORRES

e-mail: christianlinck@gmail.com

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

MAR DEL ROSA








NESTE ULTIMO SABADO, O MAR DEL ROSA RECEBEU AS MAIS BELAS GATAS DA REGIÃO NA FESTA OFICIAL DO SUPER SURF QUE ATÉ ESPANTARAM O FRIO COM TANTA BELEZA...